Julgar, à partida, é fazer uma distinção: Identificar aquilo que sou e aquilo que é o outro, aquilo que nos é semelhante e aquilo que nos distingue. O julgamento representa a constante avaliação das coisas como certas ou erradas, boas ou más. Quando se está sempre a avaliar, a classificar, a rotular, a analisar, cria-se uma imensa turbulência no nosso diálogo interior, como nos diz Deepak Chopra.
Os nossos julgamentos criam, de facto, uma grande desestabilização: Quanto mais repetimos que o nosso filho é desobediente, mais nos irritamos, quanto mais alimentamos o pensamento de que o mundo é injusto, mais nos perturbamos.
O julgamento, seja positivo ou negativo, remete para uma vulnerabilidade emocional e afectiva, para feridas narcísicas. Se não tivéssemos sido submetidos ao julgamento, não julgaríamos os outros e não julgaríamos a nós próprios.
No coração do julgamento, o ego ávido de reconhecimento está sempre lá: “O que é que eu valho?” Quanto mais julgo o outro, mais duvido do meu valor.
Se encararmos o julgamento como a nossa parte de sombra, de sofrimento, de fragilidade, ele transforma-se num convite a ver mais de perto aquilo que grita ou chora em nós.
O não julgamento é uma chave para melhor se amar e melhor amar os outros, fazer silêncio em nós para nos tornar disponíveis aos outros. Exige não somente o controle da palavra e dos pensamentos, mas também a estabilidade das emoções e aceitação da realidade tal como é. Os seus grandes obstáculos são a dificuldade em aceitar a alteridade e também a impossibilidade que sentimos em escutar verdadeiramente o outro.
Praticar o não julgamento é libertarmo-nos das nossas prisões mentais e pacificar o nosso coração.
Oi Amiga!
ResponderExcluirEste seu post é uma reflexão, é uma meditação, todos nós julgamos, ainda que não queiramos, faz parte do ser humano ou da educação que lhe foi dada, embora se tente combater, há sempre um julgamento e quanto das vezes, julgammentos infelizes, quantos de nós já não pediu perdão por ter julgado tão mal.
Acredito, que vai do nosso estado de espirito e depois duma reflexão, tanta coisa muda, perante nós e perante os outros.
Quanto mesmo a nós ,o julgamento é cerrado demais,anulamo-nos tantas vezes, e nessas tantas vezes, é porque somos magoadas, calcadas.
A almofada amiga é a melhor conselheira!
Até breve!
Amiga haverá possibidade de fazer um encontro entre todos?
Aguardo
Até breve
Herminia
Tem toda a razão Hermínia. Cada um de nós julga, passa o seu tempo a julgar, quase que desde o primeiro grito até ao último suspiro. Aquele que afirma que não julga, assemelha-se, no fundo, àquele que julga muito. O julgamento é um facto e enquanto existir vida existirá julgamento. E deveremos, sem dúvida, ajuizar, pesar, ponderar as coisas. Como em tudo na vida há que encontrar um equilíbrio e este post foi mais um alerta para a tendência que temos para o julgamento quase automático que nos impede a aceitação do outro e das nossas fragilidades. Seria bom que a energia posta a julgar tudo e todos fosse colocada de outra forma permitindo expandir a nossa liberdade interior. Consciencializarmo-nos de que muitos dos nossos julgamentos nascem do nosso medo e tentarmos deixar de pensar de forma binária: "Eu" e o "Outro". Unificarmo-nos, portanto. Sentirmo-nos em paz, enfim. Uma paz que só será possível no equilíbrio, no SENTIR com o coração.
ResponderExcluirUm abraço e muito obrigada Hermínia.
Nota: Este ano temos, sim, de preparar o nosso encontro.
acho este post importantíssimo. Como reflexão e como alerta... como uma prática.
ResponderExcluirAconetece-me a cada dia pensar em que medida estoua julgar os outros com demasiada severidade ou benevolência. Perguntar-me o que sei eu do que está por detrás de cada comportamento e de cada gesto de cada um de nós... e sendo de facto impossível não julgar de todo... ao menos que essa reflexão seja feita e nos ajude a ver, possívelmente tanto da nossa vida e da dos outors sob outra prespectiva e que possa ajudar também a promover a empatia.
Temo sempre muito "julgar"... porque temo profundamente a injustiça...
Obrigada pela reflexão.
Fica-me a frase final a ressoar no coração com mais força para me auxiliar no exercício do não julgamento que procuro praticar:
"Praticar o não julgamento é libertarmo-nos das nossas prisões mentais e pacificar o nosso coração. "
Obrigada uma vez mais.
Sempre,
Isabel
PS - não se esqueçam, por favor, que desejo muito participar nesse "encontro". Seria memso muito interessante e vantajoso, creio. ALINHO, se programado com antecedência!!!!!!!!!!!
Beijinho
Isabel
Isabel
ResponderExcluirCreio que é mesmo uma boa ideia, como nos diz Deepak Chopra, começar o dia com este propósito: "Hoje não julgarei nada do que ocorrer", ou "durante a próxima hora vou praticar o não julgamento". Sabes, tenho estas frases em letras garrafais na minha secretária, mas ainda faço tantos julgamentos... Em todo o caso, sinto que já começa a existir uma abertura à serenidade interior e gostaria muito que as pessoas refletissem no quanto o julgamento é fonte de turbulência.
Muito obrigada Isabel pela tua presença sempre PRESENTE. Por toda a tua generosidade e grandeza de coração. Por tudo o que dás e torna este mundo um lugar bem mais bonito de se viver. Bem hajas!
Teresa
Queridas amigas
ResponderExcluirPerfeita a mensagem.
Sempre que alguém julga,
pratica o afastamento.
Assim perdemos tantas pessoas
e tantos sentimentos,
por não termos sido mais tolerantes,
por não ter ensinado melhor,
por não ter buscado outros caminhos
de esperança e vida.
Viver é sentir os sonhos
com o coração.
Muito bom exercício...
ResponderExcluirPorque mesmo quando julgamos que temos uma mente aberta, damos por nós a julgar os outros...
É algo tão intrinsecamente instituído, que até assusta!
Mas 'bora lá lutar contra isso! :-)
Boa semana meninas e um beijinho grande Teresa!
Muito obrigada Aluísio e Sónia por nos ajudarem a viver com e no coração. Abraço grande
ResponderExcluirAdorei e partilhei.
ResponderExcluirMuito obrigado,
Filipe.