sábado, 28 de janeiro de 2012

Moai e Ikigai

"Da mesma forma que um dia bem vivido traz uma noite feliz, uma vida bem vivida traz uma morte feliz. "
Leonardo da Vinci



Envelhecer bem: Um processo que se aprende e prepara desde a mais tenra idade. Manter a curiosidade, viver intensamente cada momento que passa, enriquecer interesses, cultivar o bom-humor, fazer uma alimentação equilibrada, treinar a memória, investir nas relações de amizade, planear, estabelecer objectivos... São, justamente, estes últimos factores que possibilitam grande parte da dimensão positiva do envelhecimento.
O grande sentido para a nossa existência adquire-se, fundamentalmente, através dos laços fortes que vamos conseguindo estabelecer ao longo da nossa vida e dos projectos/objectivos a que nos propomos: Moai e Ikigai são as bases de sustentação de uma vida plena de sentido e de uma velhice bem sucedida. 
Qual é o seu IKIGAI?

5 comentários:

  1. Ouvi com muita atenção o video, Teresa e cheguei à conclusão de que saber envelhecer é o segredo para a longevidade. Um estilo de vida saudável, manter relacionamentos que nos enriqueçam e nunca deixarmos de exercer actividades que nos agradem; exercício, deveremos fazer aqueles normais, caminhar em vez de usar o carro, andar de bicicleta e subir escada em vez de elevador; não precisaremos de ir para os ginásios onde muitas vezes os exercícios são exagerados e em vez de nos beneficiarem, prejudicam. E isto fez-me voltar aos meus tempos de criança na aldeia onde nasci; ainda há lá pessoas de idade avançada que foram vizinhas da minha mãe, que gozam de boa saúde e nunca entraram num ginásio; tiveram sim trabalho braçal, nunca usavam carro, não sabiam o que era um elevador e, o mais importante; continuam no meio social delas, algumas ainda cuidando da suas hortinhas e dos seus animais domésticos; conversam com os vizinhos, vão à igreja, convivem com os netos e filhos. Isto sim, é saber envelhecer e cabe-nos a nós deixar que os nossos idosos levem a vida que eles desejam, tendo assim uma velhice feliz.Claro que muitas vezes nos preocupam, porque já não deviam conduzir, porque já não deviam dormir sozinhos, porque é perigoso subir as escadas, etc, etc. Eu e o meu irmão ( ele é que está no Brasil com os meus pais) estamos a tentar fazer isso. Eles vivem os dois numa casa; o meu pai já não deveria conduzir, mas conduz; a minha mãe quis uma biciclete...pode cair... paciência...depois se verá o que se faz se isso acontecer. Eles estão lúcidos, querem fazer o que gostam e do jeito que lhes agrada. O que seria da minha mãe sem as plantinhas dela? Pode cair da escada quando cisma que é ela que tem de as regar? Claro que pode e até já caiu uma vez, mas felizmente não aconteceu nada. Tem empregada, mas ela continua a querer fazer certas coisas. Com o meu pai acontece o mesmo; acha que pode levar a mãe ao supermercado, que ainda conduz muito bem e não precisa que ninguém os leve. Temos medo que aconteça alguma coisa, mas não vamos tratá-los como uns inúteis. Enquanto estiverem lúcidos e capazes de olharem por si mesmos, com a empregada a ajudar no que a minha mãe achar conveniente vamos deixá-los assim; o que o meu irmão faz é passar na casa deles para ver se estão bem ou então telefonar; quando eles se sentem aflitos por algum motivo ou precisam que os leve ao médico eles telefonam e o meu irmão ou sobrinhos acompanham-nos. É assim que estamos a tentar fazer, esquecendo os possíveis perigos. Afinal, riscos todos corremos, acidentes todos podemos ter e, na cabeça deles, felizmente, eles ainda se acham capazes de cuidar deles mesmos. Quando o meu irmão telefona e conversamos sobre isso é isso que lhe digo sempre: deixa-os à vontade; deixa-os viver da maneira que querem, correr os riscos próprios da vida, riscos que sempre correram; a única coisa diferente é a idade, mas isso é para nós; na cabeça deles, não estão velhos... só precisam de fazer as coisas com mais calma.É isso também que temos de pensar deles! Só assim os deixaremos saber envelhecer. O meu IKIGAI??? Bem...ainda não sou capaz de dizer qual é. Tenho muito a aprender nesse aspecto. acompanhar o envelhecimento dos meus pais talvez me leve a descobrir qual é o meu ikigai. Já deveria ter aprendido, pois a minha mãe com a idade que tem faz determinadas coisa que eu não faço e por isso ninguém diz que ela tem 82; se eu não mudar não chegarei a essa idade com o espírito jovem que ela tem. Um beijinho, Teresa e obrigada por permitires que a reflexão sobre este assunto de faça. Fica bem, amiga!
    Emília

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  2. Com esse legado de seus pais, minha amiga,o seu IKIGAI só pode ser de uma riqueza imensa, mesmo que, conscientemente, possa achar que ainda não não o descobriu. Que maravilha de testemunho, Emília! Porque não o partilha no www.europa.eu/ey2012? Tão importantes as suas palavras para juntar às de outros e fazer crescer uma nova perspectiva do envelhecimento... Agradeço-lhe do coração.
    Teresa

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  3. Consegui deixar as palavras e a intenção no post do final do ano passado e na vossa proposta de SERMOS em 2012!!!
    Acho mesmo muito importante, como já disse, reflectir sobre esta caminhada que fazemos e a forma com a fazemos... para podermos efectivamente SER, com consciência, conhecimento e progresiva paz interior... e que desse crescimento resulte a possibilidade de ajudar os outros nesta caminhada comum a todos nós... respeitando, mesmo sendo tão difícil, a possibilidade de que ALGUNS possam não querer envelhecer da mesma forma que nós.
    Como fazê-los entender? Como ajudá-los? Como fazê-los acreditar que ainda vale a pena... que, mais do que nunca é tempo de experimentar outra forma de pensamento, outro desejo... e que ainda se está a tempo de crescer em vez de estagnar ou até regredir?
    Crescer é difícil!
    Um beijo grande e saudades,
    Isabel

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  4. "Como ajudá-los? Como fazê-los acreditar que ainda vale a pena... que, mais do que nunca é tempo de experimentar outra forma de pensamento, outro desejo... e que ainda se está a tempo de crescer em vez de estagnar ou até regredir?"
    Com o nosso Amor? Creio que só ele e nele podemos SER e CRESCER. E depois... Deixar o nosso testumunho às novas gerações. Abraço grato
    Teresa

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  5. É. Mas o Amor é difícil também.
    Tão bom quando damos e recebemos simplesmente, tendo o coração aberto, acreditando e permitindo... ams até o Amor para algumns parece ser difícil.Precisamente para alguns desses idosos que se recusama a receber, ou quem sabe, simplesmente acreditar!
    Beinhos. Gostei muito da resposta que deste. É a mais certa. Para mim o Amor vale tudo e só o amor consegue... mas o AMOR também é difícil, sobretudo, ou preecisamente nos dias de hoje, quando caad vez fa mais falta a tante gente!!!
    Obrigada por estares aqui...
    Isabel

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