Lindo, lindo, Teresa! Aqui está o retrato do mundo com que todos sonhamos, que todos desejamos. Será Utopia? Talvez, mas que importa? O que seria de nós sem um pouco de Utopia. E se me permite, vou colocar aqui um texto sobre Utopia que conheci há uns dois anos, mas que continua bem presente. Espero que goste e que me perdoe a ousadia.
UTOPIA
« Dou-lhe a minha palavra....UTOPIA ; e ofereço-a como um presente de Natal embrulhado em papel brilhante, decorado com fita acetinada e entretecido nos votos que normalmente se fazem nesta época, de paz, amor,e amizade.A utopia faz com que estas palavras, que pronunciamos por hábito na época natalícia, fiquem prenhes de sentido, inchadas de intenções e de projectos, pássaros esvoaçantes rasgando um céu que se quer cada vez mais azul. Ao dar-lhe a minha palavra, ofereço boleia num sonho que o transportará para um mundo que não existe e cujos alicerces assentam na contingência de poder-vir-a-ser. Nesse não-lugar as possibilidades são imensas, é vasto e acolhedor o espaço reservado a novas ideias, é vibrante de desejos o nosso outro eu quando perscruta os cantos, sobe colinas e alarga fronteiras. Nesse não-lugar nós descobrimos o que somos e o que poderemos um dia ser. Basta querer. Basta sonhar. O meu presente é feito de intenções, não vive de projectos nem se identifica com planos totalizantes e evangelizadores. Quando ofereço a utopia, ofereço-a embrulhada em papel brilhante, mas não lhe determino a cor. Reservo a quem receba a prenda o direito de reconhecer no brilho do papel a cor que entender. Já a fita acetinada, faço questão que seja verde e que seja macia ao toque, como o é a relva quando desponta no vigor do Verão. Acredito que olhando para ela e sentindo como é macia, quem vier a receber a minha prenda repudie todos os projectos que a possam secar. Confio que saberá regá-la com sonhos e alimentá-la com acções.
É este o efeito que uma prenda de papel brilhante e fita acetinada pode ter na humanidade.....se for dada a homens de coração puro, poderemos ter o caminho iluminado e descobrir atalhos que nunca suspeitaríamos poderem existir»
Parte de um texto de Fátima Vieira Extraído do livro A minha palavra favorita - Edição Jorge Reis Sá
Emília Não peça desculpa, por favor: O sentido deste blogue é, em grande parte, fruto de tudo aquilo que connosco partilha e nos enriquece. Que bom foi ler estas palavras, receber este presente. Vou regar, sim, esta palavra, com os meus sonhos e acções. Muito obrigada!
aNaTureza Também a tenho,Ana Teresa. Sabe, às vezes, estou meio desanimada a achar que vou dar um tempo por aqui. Mas aí aparece qualquer coisa que me parece interessante postar. E depois vêm as vossas palavras que lhe dão sentido e me ajudam a caminhar. Muito obrigada pela luz que dá a este caminho. Um abraço grato Teresa
Lindo, lindo, Teresa! Aqui está o retrato do mundo com que todos sonhamos, que todos desejamos. Será Utopia? Talvez, mas que importa? O que seria de nós sem um pouco de Utopia. E se me permite, vou colocar aqui um texto sobre Utopia que conheci há uns dois anos, mas que continua bem presente. Espero que goste e que me perdoe a ousadia.
ResponderExcluirUTOPIA
« Dou-lhe a minha palavra....UTOPIA ; e ofereço-a como um presente de Natal embrulhado em papel brilhante, decorado com fita acetinada e entretecido nos votos que normalmente se fazem nesta época, de paz, amor,e amizade.A utopia faz com que estas palavras, que pronunciamos por hábito na época natalícia, fiquem prenhes de sentido, inchadas de intenções e de projectos, pássaros esvoaçantes rasgando um céu que se quer cada vez mais azul.
Ao dar-lhe a minha palavra, ofereço boleia num sonho que o transportará para um mundo que não existe e cujos alicerces assentam na contingência de poder-vir-a-ser. Nesse não-lugar as possibilidades são imensas, é vasto e acolhedor o espaço reservado a novas ideias, é vibrante de desejos o nosso outro eu quando perscruta os cantos, sobe colinas e alarga fronteiras. Nesse não-lugar nós descobrimos o que somos e o que poderemos um dia ser. Basta querer. Basta sonhar.
O meu presente é feito de intenções, não vive de projectos nem se identifica com planos totalizantes e evangelizadores. Quando ofereço a utopia, ofereço-a embrulhada em papel brilhante, mas não lhe determino a cor. Reservo a quem receba a prenda o direito de reconhecer no brilho do papel a cor que entender. Já a fita acetinada, faço questão que seja verde e que seja macia ao toque, como o é a relva quando desponta no vigor do Verão. Acredito que olhando para ela e sentindo como é macia, quem vier a receber a minha prenda repudie todos os projectos que a possam secar. Confio que saberá regá-la com sonhos e alimentá-la com acções.
É este o efeito que uma prenda de papel brilhante e fita acetinada pode ter na humanidade.....se for dada a homens de coração puro, poderemos ter o caminho iluminado e descobrir atalhos que nunca suspeitaríamos poderem existir»
Parte de um texto de Fátima Vieira
Extraído do livro A minha palavra favorita - Edição Jorge Reis Sá
Emília
"Tenho uma lágrima no canto do olho"...
ResponderExcluirEmília
ResponderExcluirNão peça desculpa, por favor: O sentido deste blogue é, em grande parte, fruto de tudo aquilo que connosco partilha e nos enriquece. Que bom foi ler estas palavras, receber este presente. Vou regar, sim, esta palavra, com os meus sonhos e acções. Muito obrigada!
aNaTureza
Também a tenho,Ana Teresa. Sabe, às vezes, estou meio desanimada a achar que vou dar um tempo por aqui. Mas aí aparece qualquer coisa que me parece interessante postar. E depois vêm as vossas palavras que lhe dão sentido e me ajudam a caminhar. Muito obrigada pela luz que dá a este caminho. Um abraço grato
Teresa
Não tem de quê, Teresa.
ResponderExcluirPodemos estar longe, mas tão perto ao mesmo tempo.
Somos todos diferentes e tão iguais...
Um looongoooo abraço