sábado, 8 de outubro de 2011

O Ser Invisível

"Como suportar, como salvar o visível, senão fazendo dele a linguagem da ausência, do invisível?"
Rilke


Somos os artesãos da nossa própria vida. Há que cinzelar, polir paciente e incessantemente o ouro do visível para dele fazer o invisível. Construirmos aquilo que não morrerá, construirmos o nosso ser Invisível. 

Nota de 9/10/11: Depois de ter escrito este texto fui visitar o blogue "Começar de Novo" e vi que o tema escolhido pela nossa amiga Emília para o seu último post se sintonizava com o deste numa perfeita harmonia. E é assim que vamos escutando e vivendo a melodia do Universo. 
Teresa 

5 comentários:

  1. Que linda música, Teresa! " Somos os artesãos da nossa própria vida; somos nós os únicos capazes de a "moldar", de a "cinzelar" para que o nosso exterior seja um espelho perfeito do nosso eu; as influências externas tem um grande peso nessa escultura que somos nós, mas só a nós compete impedir que elas nos afastem do rumo que queremos dar à nossa vida...só nós somos capazes de impedir que elas interfiram no significado que queremos dar à nossa vida e à vida dos outros. Isso é uma tarefa exclusivamente nossa; somos nós que temos o poder de escolha. Será esse significado que permanecerá para sempre no coração dos outros...será essa nossa maneira de levar a vida, esse nosso legado aos outros que impedirá que morramos; será esse significado a nossa eternidade. E termino o meu comentário com a bela frase que a Teresa me deixou no Começar de Novo e que traduz bem a mensagem deste post:

    “É isso, a eternidade: o que vem de trás, os pedaços de pessoas que emergem naquela que está agora à nossa frente, através de códigos pré-definidos e em tudo aquilo que passa de mãe e pai para os filhos.
    A eternidade não é mais que a continuidade das pessoas nas outras”

    " Construir aquilo que não morrerá" é difícil, exige empenho, muitas vezes dissabores, mas não há outro jeito...é tentar todos os dias e seguir em frente sempre na procura de um significado melhor para nós e para os que nos cercam. Uma bela semana, Teresa, e muito obrigada! Beijinhos
    Emília

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  2. É realmente muito difícil seguir em frente em certas alturas da vida (parece que até este aspecto coincidiu connosco, também,agora...)
    Deixo-lhe mais uma citação. Esta de G. B. Shaw:
    "Para mim, a vida, é tudo menos uma chama fugaz. É uma espécie de magnífica tocha ardente que empunho neste momento e que quero que brilhe o mais possível antes de a passar às gerações futuras."
    A ver se conseguimos fazer brilhar a nossa tocha, Emília. Um abraço
    Teresa

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  3. Que bonita esta música e como me lembro dela na minha juventude!... e que importante cinzelarmos de facto a nossa vida!... porque mais tarde ou mais cedo acabamos por sentri uma mágua enorme e um vazui maior se não aproveitarmos tudo o que pudermos na vida para fazê-lo.
    Um abraço e obrigada!
    Isabel

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  4. ... e desculpem os erros por ter escrito à pressa!

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  5. Também me faz lembrar muito a minha juventude, esta música, e adoro esta versão que ilustra tão bem aquilo que não morre... Obrigada Isabel, sempre.
    Teresa

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