Surgiu um movimento baseado numa mudança comportamental profunda: O consumo colaborativo. A ideia é simples: Emprestar ou trocar objetos que possuimos (e já não nos sirvam) com outras pessoas, por meio de redes sociais ou de empresas que estão a surgir para mediar essa relação. Uma volta renovada ao passado. Uma volta, sim, mas uma volta que traz uma transformação profunda: Uma mudança de mentalidades. Uma mudança de atitude: Evitar a compra e buscar novas formas alternativas de ter aquilo que necessitamos.
Para Rachel Botsman, autora do livro What's Mine is Yours: The Rise of Collaborative Consumption, este movimento faz parte do pensamento que surge com a popularização da internet, na qual a noção de propriedade privada muda significativamente. Tudo se partilha: informação, livros, carros, bicicletas, objetos velhos que você não usa, mas que alguém pode usar. Termina a hegemonia do hiperconsumo, aumenta o espaço do consumo colaborativo.
Para Rachel Botsman, autora do livro What's Mine is Yours: The Rise of Collaborative Consumption, este movimento faz parte do pensamento que surge com a popularização da internet, na qual a noção de propriedade privada muda significativamente. Tudo se partilha: informação, livros, carros, bicicletas, objetos velhos que você não usa, mas que alguém pode usar. Termina a hegemonia do hiperconsumo, aumenta o espaço do consumo colaborativo.
Uma ideia poderosa? Não há dúvida que a internet dá uma voz cada vez mais activa a pessoas que calavam as suas vontades. Será que pagaremos os produtos pelos serviços decorrentes do seu uso e não para os possuirmos? Será que as empresas participarão deste movimento e mediar esta nova relação de consumo? Deixamo-vos estas questões para reflectir nesta tarde de domingo.
Este video e post me fizeram voltar ao tempo da minha infância e adolescencia, na aldeia onde nasci; os tempos eram muito difíceis e o cooperativismo e ajuda mútua eram muito grandes principalmente nos pequenos agricultores; colaboravam uns com os outros tanto na ajuda mútua nos trabalhos, como na utilizaçaõ dos utensilios agricolas que eram usados por todos; quem tinha emprestava ao que não tinha; hoje as coisas são bem diferentes; as condições económicas melhoraram e as vaidades aumentaram. A propósito vou contar um caso que parece anedota, mas é real; um pequeno agricultor tinha um tractor pequeno, mas mais do que suficiente para os pequenos terrenos que cultivava; o vizinho dele comprou um, moderno, grande, também excessivo para o que precisava; pois o dono do veículo pequeno resolveu que não podia ficar atrás e comprou um igual ao do vizinho; quando o trouxe para casa, teve que o deixar fora, pois não cabia no portão da casa: Aqui está uma prova das vaidades; o que seria correto era que os dois combinassem e usassem o mesmo para os serviços agricolas. É com tristeza que vejo muitos lavradores da minha aldeia completamente falidos por não serem grandes o suficiente para suportarem esta mudança que se tem vindo a operar nas industrias e agricultura; só se safa quem é grande. No entanto ainda não vi mudança de mentalidade. Quando vivi no Brasil e os meus filhos eram pequenos, eu e os meus vizinhos revezavamos o transporte das crianças para a escola; uma semana um levava e trazia e na outra semana um outro fazia essa tarefa; penso que hoje nada disso de faz; vemos centenas de carros nas estradas só com o condutor ou pouco mais; muitas vezes poderiam ver com os vizinhos ou familiares se poderiam utilizar o mesmo carro, pois muitas vezes o caminho para o emprego é o mesmo. Mas não, cada um tem o seu e não estão para essa humilhação: a mesma coisa se vê por exemplo com as roupas de bébe´, carrinhos, cadeiras, berços e brinquedos; muitas pessoas ofendem-se quando oferecemos e dizem que os filhos não vão usar coisas usadas; por acaso com os meus netos tivemos sorte; uma jovem mãe, não se importou e até agradeceu a oferta que fizemos das roupas da minha neta; tem-nas aproveitado todas para a filha que tem dois meses de diferênça.O que vale é que agora existem as lojas sociais onde podemos dar utilidade àquilo que ainda funciona, ainda serve e ainda podemos fazer muita criança feliz colocando à disposição dela aquela bicicleta que o nosso filho já não usa; se oferecermos para emprestar ao filho do nosso vizinho e depois dele usar, emprestar a outro e assim sucessivamente, ele ficaria ofendido.Quanto a livros; cds, ainda se vê essa partilha, mas, pouco; além disso, arriscamo-nos a ficar sem eles; já perdi alguns livros assim e tenho um emprestado há quase dois anos e não sei se não vou ter de o pedir de volta se não o quiser perder. Sabe, diz-se que as crises teem sempre o lado bom; espero que esta sirva para mudar a mentalidade das pessoas neste aspecto; que comecem a colaborar , a dividir, a dar novamente uso aquilo que perdeu a utilidade para alguém, mas que ainda tem muita serventia para outros que precisarem. A necessidade a isso vai obrigar, mas vai demorar. Um beijinho e obrigada pelo alerta, numa época em que a vaidade e a vontade excessiva de TER imperam.
ResponderExcluirTenham uma boa semana!
Emilia
Que interessante ter rcebido hoje um mail precisamente com este site que achei tão interessante... e depois, agora à noite tê-lo descoberto de novo aqui neste vosso blog!...
ResponderExcluirInteressante, mesmo... e como me faz lembrar a necessidade de simplificarmos a nossa vida!..., sem excessos..., com partilha... ecologicamente adaptado... o que já faço sem ser pela net, com as roupas e os acessórios das criancinhas evque dava tanto jeito!
... embora confesse que me parece muito difícil ainda desfazer-me de outras coisas como da maior parte dos livros! Posso até emprestar com gosto a quem deles cuide com o mesmo amor que eu... mas preciso do pedaço de mim que deixo em cada um deles, porque ainda não cresci o suficiente para saber que o que lá está, de alguma forma ficou em mim... mas não é a mesma coisa relembrar o sentido, ou reler textualmente o que aquelas palavras, escritas daquela maneira e naquele contexto pretendem e podem fazer sentir e dizer!... e de forma diferente em cada momento que o fazemos!...e eu tenho uma memória de galinha... ou pior, quase de peixe, para citações, nomes, palavras...
mas acho interessante tudo o resto que é proposto, embora a reflectir com serenidade e verdade..., o que tem muito que se lhe diga!
ah!... sim, hoje finalmente acabei por deixar mais um post no meu blog...,embora angustiada...
Confesso-me arredia, porque tudo o que escrevo me parece impróprio para partilhar naquele espaço!...ou demasiado pessoal e íntimo...
mas obrigada, Teresa, minha amiga, sempre uma incentivadora nata!
beijinho muito amigo
Obrigada
Isabel
Emília
ResponderExcluirMuito lhe agradecemos mais este testemunho. Embora pareça paradoxal talvez a tecnologia nos devolva os laços afectivos, baseados na cooperação, que tanta falta fazem. Acreditamos que vamos acordar para valorizar aquilo que realmente importa. Uma excelente semana para si e... UM MARAVILHOSO COMEÇO :) da sua nova etapa de vida.
Isabel
Cremos que vamos acordando, aos poucos, para tudo aquilo que podemos partilhar. E essa consciência já é um grande passo nesse longo caminho que temos pela frente. Obrigada sempre pela presença amiga. Boa semana!