É já conhecida a história de Barefoot College (a Universidade
dos Pés Descalços), um dos mais poderosos, inovadores e criativos projetos do
nosso tempo. Retomamo-la aqui pelo quanto nos inspira e alicerça o nosso
acreditar na força dos ideais.
No subcontinente indiano, como noutros continentes, existem
pessoas que vivem com dois dólares por dia, ou menos. Em Portugal existem 2
milhões de pessoas com sete euros por dia que, no nosso meio, correspondem
praticamente ao mesmo, mas estas pessoas têm acesso á eletricidade, água,
alfabetização, cuidados de saúde, apoio social mínimo… Em muitos lugares da
Ásia, África, América, nada disto existe, somando-se, ainda, a privação de
muitos direitos, nomeadamente das mulheres, e a discriminação.
Não ficar de braços cruzados perante esta realidade,
acreditar que cada um dos nossos atos é importante para que ela mude, é o
caminho que nos aponta Bunker Roy.
Roy fundou, em 1972, o Centro de Investigação e Trabalho
Social, primeira pedra do Barefoot College. O programa foi ampliado até se
tornar o que é hoje, um dos maiores centros de pesquisa, inovação e educação no
trabalho com a pobreza.
O BC formou mais de 3 milhões de pessoas no mundo,
engenheiros, médicos, empreiteiros, arquitetos, professores, tecelões,
pedreiros, ferreiros, técnicos de comunicações, cozinheiros, operários. Todos
os graduados desta faculdade eram analfabetos, ou semianalfabetos, quase todos
eram mulheres oprimidas e idosas. Mulheres sem direitos ou afastadas do
controle das suas vidas são hoje líderes de projetos. E criaram sistemas de
energia solar onde não havia luz elétrica, construíram sistemas de rega, casas
e fundaram escolas onde ensinam outras mulheres. O BC criou um programa de
educação noturna para crianças (que não podem frequentar a escola diurna).
Estas crianças auto organizam-se segundo as regras democráticas e revelam os
bons resultados da transferência de responsabilidades tradicionalmente
atribuídas a adultos.
Sim, uma ideia pode mudar o mundo, o ser humano supera-se a
cada momento… Procuremos as soluções no nosso interior e escutemos as pessoas
que têm as soluções diante de nós. "Elas estão em todo o mundo."
Querida amiga
ResponderExcluirUma coisa é certa:
Sempre podemos mais
do que acreditamos.
Fico a pensar como
o mundo seria bom
se vivêssemos com o suficiente.
Nem mais...
Nem menos...
O que sobrasse dos nossos ganhos,
deveria ser gasto com a melhoria
de vida de todos.
Repartido como bem de toda
a humanidade,
e das outras formas de vida
igualmente importantes.
Assim, realmente faríamos justiça
aos nossos conceitos
de inteligência e humanidade.
Que em teu coração,
a alegria faça morada...
Sempre podemos mais, sim, Aluísio, e seria lindo o mundo tal como o idealiza. Não importa que seja uma utopia: É ela que nos leva a caminhar, não é mesmo? Em alegria caminho consigo, meu amigo. Um grande e grato abraço pelo quanto nos acolhe.
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