“Há quarenta e cinco anos que oriento o meu percurso em torno desta questão: Como me colocar ao serviço da vida, deste planeta cuja beleza não cessa de me cortar a respiração?
Perante a marcha do mundo não páro de me perguntar como é possível que não vejamos o seu esplendor. Porque é que não nos maravilhamos?”
Porque é que não nos maravilhamos, porque é que não respeitamos, porque é que não cuidamos, porque é que destruímos? São perguntas às quais podemos dar várias respostas, mas penso que a principal é a ambição do ser humano que só procura lucrar sem ter o mínimo respeito pelo que o cerca. Não sei se viram aquela novela que passou há uns anos, O Pantanal. A Juma, uma pantaneira lá nascida e criada, dizia: o homem é o único bicho que suja a água que bebe "; ela nem sabia ler, conhecia o pantanal e os bichos como ninguém, mas foi capaz de dizer uma frase cheia de sabedoria. Há muitos anos, quase 30, Guilherme Arantes, brasileiro, lançou um disco, " Xixi nas estrelas". É lindo e aí ele já se manifestava contra toda essa invasão ao espaço. Procurem no Youtube e tenho a certeza que se vão deliciar com a música e letra.Adoro essa música e, pouco depois de criar o Começar de Novo a coloquei lá. Em passos lentos estamos a ter conciência da necessidade de cuidar do nosso planeta e já se está a fazer alguns progressos. O importante é continuarmos a alertar. Não sei se vão achar muita ousadia da minha parte, mas resolvi incluir aqui um texto de António Bras Constante, jornalista e escritor Brasileiro que me mandou este texto sobre ambiente. Éstá muito bom.
ResponderExcluir"Somos Bilhões de indivíduos vivendo em uma sociedade consumista, pensando de forma egoísta coisas do tipo: “eu posso deixar a luz acesa”, “eu posso deixar a torneira aberta”, “eu posso jogar lixo na rua”, etc. E assim o ser humano vai poluindo, esbanjando e destruindo os recursos que estão a sua disposição, por achar que não precisa fazer a sua parte para evitar o desperdício. E com isso contribui para agravar cada vez mais a derrocada de todos, empurrando-nos diretamente ao precipício. Para piorar a situação, a cada dia aumentamos o número de jogadores em campo, sem perceber que quanto mais jogadores nascem pior o jogo fica para todos, pois os recursos são limitados frente a um consumo cada vez mais desenfreado. Muitos chamam a natureza de mãe, mas agem com ela como verdadeiros filhos da mãe. Atuando como seres ingratos, que não sabem retribuir tudo que recebem de seu ventre de terra no qual pisamos, e por onde a vida corre em forma de água cristalina, bem como se renova de tantas maneiras milagrosas o ar que se respira, isso entre tantos outros presentes que destruímos tal qual crianças mimadas, que não sabem dar o devido valor ao que tem. Gastamos tempo e dinheiro construindo piscinas para diversão, mas somos incapazes de construir reservatórios que captem a chuva, visando a preservação. Nos calamos frente à ganância mundial que impede a criação de fontes alternativas de combustível, obrigando-nos a continuar envenenando o meio ambiente para que eles possam continuar lucrando com seus gigantescos poços de petróleo inglório. Enfim, neste campeonato com trejeitos de guerra, onde o inimigo utiliza alcunhas como “desmatamento” e “poluição”, devemos rever nossas ações e atitudes, deixando de agir como atacantes vendidos, que ficam ajudando o time adversário, passando a atuar na defesa e preservação da natureza, pois somente assim poderemos ganhar uma chance de futuro. Caso contrário, ao invés de desenvolvimento, seremos a primeira espécie a ser algoz de sua própria extinção.»
Desculpem se abusei...Uma boa semana para vocês também
Emília
Emília
ResponderExcluirVou ser repetitiva, mas não encontro outras palavras para lhe expressar o quanto nos enriquecem os seus comentários. E comovem, também. Porque sentimos da sua parte uma dádiva imensa. Muito, muito obrigada por tudo o que nos acrescenta. E este texto de António Bras Constante devia estar no "Começar de Novo", pois merece ter uma divulgação maior. Acreditamos que são alertas como este que nos levam à consciencialização de que é no amor pela natureza que nos envolve e da qual fazemos parte que nos podemos desenvolver como seres totais. Caso contrário, caminharemos para a nossa extinção, inevitavelmente. Maravilhemo-nos então com essa Terra que nos acolhe e cujo coração aquece o nosso de tanta beleza e deslumbramento.
Muito obrigada e um grande abraço
Olá amigas. Fiquei mais tranquila agora, pois senti algum receio que não gostassem desta " intromissão" no vosso trabalho, mas ao mesmo tempo achava pena que este texto não aparecesse neste tema, aqui no vosso blog. Este foi um dos primeiros textos a ser colocado no Começar de Novo, assim como o video do Xixi nas estrelas. Já agora, o Guilherme Arantes tem outro muito bonito também... "Terra, planeta água", optimo para o tema do ambiente. Sabem como o António Bras Constante começou a enviar-me os textos? Eu frequento a Universidade Senior da minha cidade e nas aulas de comunicação tinhamos um blog; foi aí que começou o meu interesse pelos blogs. Todos os alunos podiam postar. Uma vez publiquei um texto deste escritor que me tinha sido mandado por e-mail. Um dia, para meu espanto, ele aparece no blog, num comentário, agradecendo a publicação do seu texto e a partir daí começou a manda-me os textos todos. Eu guardo os que acho mais interessants.É impressionante o poder que a internet tem...como é que ele foi descobrir um texto dele num blog duma cidadezinha pequena de Potugal, não?
ResponderExcluirFiquei muito contente com a vossa resposta e muito obrigada pelo carinho que sempre recebo aqui. Fiquem bem! Um beijinho
Emília
Queridas amigas
ResponderExcluirTalvez tenhamos perdido
esta capacidade de nos maravilhar,
quando nos colocamos o centro
da vida e não parte dela.
Assim destruímos, exploramos,
extinguimos, devastamos,
e desaprendemos de ver a vida
que nos rodeia e dá sentido
ao nosso existir.
Mas há sempre de existir pessoas
grávidas de esperança,
que ajudaram a construir novas
formas de olhar.
Que sempre haja em tua vida,
sonhos por sonhar...
Que bom é receber a sua visita Aluisio! Muito obrigada por nos fazer mover com maior intensidade para a luz dos nossos sonhos.
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